A Famosa Quem...?

... TIME Camera!

Foto http://www.flickr.com/photos/digitalanalog/


Com uma lente 50mm que, sendo raro para toycameras, a TIME Camera dá às imagens uma perspectiva mais real em relação à maioria.

     A TIME Camera lembra bastante o visual de uma SLR. A não ser, claro, pela falta de lentes intercambiáveis, controles de velocidade e ãnn, ser feita de plástico. Ela foi um brinde distribuído pela revista Time na década de 1980 para atrair novos assinantes - 40% de desconto e essa belíssima câmera na faixa! A ideia era que qualquer leitor e assinante da Time estaria interessado também em fotojornalismo e, portanto, adoraria uma câmera que parecesse uma SLR.
     
     Apesar de ser uma toycamera, esse era um modelo bastante razoável, contando com sapata pra flash (funcional) - hotshoe, lente 50mm gerando imagens bem definidas, aberturas manuais indo de f/6 a f/16 (para os menos familiarizados com esses números, era só seguir os desenhos: nublado, parcialmente nublado, ensolarado, muito ensolarado) e sendo possível, ainda, o uso de cabo disparador.



     As câmeras foram produzidas pela fábrica taiwanesa Lavec, criadora de um modelo similar a TIME Camera, Lavec LT-002. Um jeito de disfarçar o aspecto de brinquedo foi colocar um pedaço de chumbo embaixo da câmera para aumentar um pouco o peso e a inclusão no "kit" de tampa protetora da lente, alça e estojo para guardar a câmera.

     Nessa mesma época, diversas companhias distribuíam brindes seguindo essa mesma linha, entre elas a Sports Illustrated.
     No entanto, não demorou muito para a TIME Camera parar nos brechós, deixando de ser necessário assinar a revista para tê-la.

FICHA TÉCNICA
FORMATO: 35mm
LENTE: Fixa, plástico, 50mm
FOCO: 1,8 ao infinito
FLASH: Sem flash, possível por causa da sapata
ABERTURAS: f/6, f/8, f/11 ou f/16
OBTURADOR: Velocidade fixa em 1/125s



Referências: Fantastic Plastic Cameras - Kevin Meredith e site PetaPixel.
Imagens: Flickr

Protegendo filmes 120 - DIY

Quem fotografa com filmes 120mm sabe que existem grandes chances de ocorrerem light-leaks (vazamentos de luz). Nós tomamos o máximo de cuidado (não deixando o papel com folga, não removendo o filme da câmera debaixo do sol e etc) mas nem sempre é suficiente!



Os fabricantes das bobinas seguem um padrão, mas existem diferenças minúsculas entre bobinas Kodak e Fuji, por exemplo. Isso sem contar a chinesa Shanghai que faz uma bobina terrível que mal cabe na câmera, de tão grosseira. Estas diferenças podem causar vazamentos de luz apesar de todos os cuidados que tomamos.

Para evitar este tipo de problema, existem tubos próprios para filmes 120 a venda, mas como o orçamento amador normalmente é limitado, segue uma dica:

Tubinhos de Mini M&M confeitos de chocolate!


Isso mesmo! Além de proteger seus filmes, você engorda come deliciosos chocolates!

Depois de remover o rótulo e toda a cola, eu usei uma tinta spray preta para cobrir todo o tubo. Umas duas camadas já é suficiente.


Como joguei tinta por dentro, demorou mais pra secar... mas se colocar só do lado de fora 24 horas é o tempo de cura completa da tinta (leia na lata qual o tempo recomendado entre demãos e para secagem completa).

E pronto! Agora seus filmes ficam protegidos até serem levados para o laboratório.


Polaroid ao extremo: recuperando negativos de fotos Impossible PX600 Silver Shade

Há alguns dias estava fotografando com uma Polaroid One Step carregada com um problemático Impossible PX600 Silver Shade e, por falta de atenção, fiz uma foto superexposta... muito superexposta. Saiu branca, com apenas alguns detalhes no canto.
Chateado com o erro (afinal, fotos Impossible custam caro!), Gabriel e eu resolvemos abrir a foto para analisar suas entranhas e recuperar o negativo que fica dentro dela.

"Mas... negativo em uma foto Polaroid?"

Sim! Por trás da transparência há um dark slide, que é aquele fundo preto e fosco no verso. Nele fica registrado um negativo da sua foto, coberto por uma pasta de químicos reveladores e a transparência com a foto positiva na frente.
Como todo negativo, ele tem um pouco mais de latitude e retém informações que foram perdidas na exposição incorreta. Mas, nem tudo são flores. Este dark slide é de baixa resolução, ainda mais quando forçado com uma exposição acima do ideal... então nada de sair abrindo fotos boas para pegar os negativos!

O primeiro erro eu não imaginei que ia virar post, então não cheguei a fotografar, mas sacrifiquei uma segunda foto para ilustrar o processo para vocês leitores.

Impossible PX600 SilverShade

Eu começo abrindo pelo verso da foto, as laterais são presas com um adesivo metálico que removi com as unhas, depois de levantar a ponta usando uma faca.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Uma vez removida a moldura, temos acesso para remover o reservatório de químicos (eles ficam armazenados nestas bolsas antes de serem espalhados para revelar a foto).

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Aqui podemos separar as duas camadas e remover esta pasta branca... a transparência que contém a emulsão com a foto positiva, e o dark slide onde fica registrada a imagem negativa.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

A lavagem é feita em água corrente em temperatura natural.


Alguns pedaços da pasta ficam grudados (principalmente se a foto já secou completamente) e precisam ser removidos com a mão. Nesta hora, quanto mais delicadeza, melhor o resultado. Na minha primeira foto ficaram algumas impressões digitais, pois não fui cuidadoso.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Uma vez limpo, faça um ultimo enxágue e coloque para secar em um local com pouca poeira.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Agora é hora da digitalização! Eu fiz em uma multifuncional comum, com configurações para scan em escala de cinza com 1200 dpi. Neste passo não é necessário nenhum scanner especial para negativos porque ele é opaco, então podemos usar qualquer um.

Impossible PX600 SilverShade

No Photoshop (ou seu programa de preferência) entram alguns passos simples. Vamos cortar somente a área que contém a imagem, inverter (Ctrl + I) e ajustar os níveis. Os níveis automáticos (Ctrl + Shift + L) não fizeram um bom serviço no meu caso, então complementei manualmente, abrindo os níveis (Ctrl + L). Puxei a primeira seta - dos pretos - até um ponto que a imagem ficou legal e ajustei a seta do meio, dos "meio-tons".

Impossible PX600 SilverShade

Impossible PX600 SilverShade

O passo seguinte foi ajuste de contraste e pronto! O resultado é este:

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Está longe de uma imagem de qualidade, mas é possível salvar detalhes de uma foto perdida! Além de ser bem divertido brincar com a foto.

Fiz alguns testes depois e descobri que fica bom com a foto recente! Depois que a pasta branca seca (algo que leva algumas horas), ela deixa marcas no negativo e fica bem complicado de remover.
Uma pessoa fez o teste com uma foto de 2 meses de idade e comentou o seguinte. "Deixei apenas em água corrente e passei o dedo levemente, mas o negativo, por baixo da pasta, começou a criar bolhas e desgrudou". Então este post serve para fazer com fotos frescas, antes da pasta secar.

Mas e a transparência que sobrou? Bom, com uma imagem superexposta não temos muito o que fazer, mas se você quiser usar para treinar transferência da emulsão (emulsion transfer é uma técnica usada por alguns artistas onde a emulsão é transferida da foto para uma outra superfície, como livros, papéis, madeira e etc.), a receita é simples.

Limpe a transparência do mesmo jeito que limpou o negativo.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Uma vez limpa, a transparência é submergida em água para hidratar - repare a mudança de cor.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Depois de um tempo eu misturei à água um pouco de água quente, para fazer um banho morno. Neste ponto a emulsão hidrata, expande e começa a se soltar da transparência.

Impossible PX600 SilverShade

Com cuidado e usando a ponta dos dedos, fui soltando a emulsão nos cantos onde ela fica colada e logo começou a flutuar.
Usando a própria transparência como suporte, tirei a gelatina da água e passei para um papel grosso - na falta, usei papel cartão... o ideal é um papel de cor clara.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Arrumei as pontas com os dedos molhados e levei para secar junto com o negativo.

Impossible PX600 SilverShadeImpossible PX600 SilverShade

Meu resultado ficou péssimo, mas foi o primeiro pessoal! No YouTube tem vários exemplos de emulsion transfer com muito mais qualidade e sucesso.

Impossible PX600 SilverShade

Pintura com Luz - primeira pose

Depois de assumir o vício, digo, hobby analógico e já preparar um pequeno estoque de filmes e algumas câmeras, o interesse em fazer experiências e testes tornou-se uma realidade, tanto quanto uma necessidade.
Tudo que víamos de exemplos e tutoriais já se transformava em planos e preparos. Uma coisa que sempre chamou nossa atenção eram longas exposições, seja uma paisagem, cidade com os carros passando ou algum desenho legal feito com luz.
E não tem mistério para realizar e inventar com o light painting pois tudo o que você vai precisar é de:

* Câmera analógica com modo Bulb
* Filme de ISO baixo - 100 ou 200 (Não que seja uma regra de fato, mas usando filmes mais lentos a granulação nas fotos ficará menor)
* Tripé/cabo disparador (Opcionais, mas ajudam muito na estabilização da câmera principalmente se você pretende fazer vários disparos)
* Lanternas, flash, géis coloridos, velas de aniversário que soltam faíscas, tela de celular, ou seja, qualquer objeto que produza luz e que possa ser controlado de alguma forma durante a produção das fotos.
* Um ou mais amigos para participar da brincadeira
* Tesoura sem ponta e a supervisão de um adulto


Mesa de trabalho



Brincar com luz é sempre uma ótima alternativa para quando você estiver sem inspiração para as fotos ou se sua cidade não tiver tantos atrativos para uma saída fotográfica. Montar uma sessão de light painting é sempre muito divertido durante todo o processo: desde a visualização da foto, realização e depois ver o resultado no filme revelado. É importante também deixar a vergonha de lado e inventar bastante para que as fotos sejam espontâneas e inusitadas.

Em algumas câmeras o botão disparador fica travado no modo Bulb, facilitando na hora de fotografar se você estiver sozinho. No entanto, a maioria das câmeras não possui tal característica e para isso o uso do cabo disparador é a solução. Acontece também de muitas câmeras não terem entrada para o cabo, sendo então necessário convidar um amigo/irmão/namorado-a/desconhecido(?) disposto a segurar o botão enquanto você cria as pinturas. O ideal é deixar a câmera no tripé para que fique estabilizada e na mesma posição durante todo o processo e também usar o cabo disparador pois com ele o botão ficará travado pelo tempo que você quiser.

Câmera: La Sardina
Filme: Kodak Ultramax 400
Usando uma espada de brinquedo com leds coloridos

As fotos podem ser feitas num quarto, garagem, sala, praça, rua... mas é sempre bom lembrar que quanto menos luz, melhores as fotos ficarão e o efeito mais interessante porque num ambiente totalmente escuro (sem lua, postes, etc) pode-se deixar o obturador aberto por mais tempo sem comprometer o resultado.

Nos próximos posts colocaremos como nos saímos com nossas traquinagens! E se até lá surgir alguma dúvida ou queira dar alguma sugestão, é só comentar!

O estranho filme 120

O primeiro tipo de filme que quero comentar é um bem peculiar... odiado por alguns, adorado por outros. Independente do gosto, é um formato com características importantes, flexível e, se manuseado com cuidado, confiável.
O chamado Médio Formato é representado atualmente por dois filmes: 120 e 220. O primeiro é menor em comprimento e possui papel em toda sua extensão. O segundo faz o dobro de fotos do 120 por não possuir papel onde há negativo. A falta do papel faz com que o 220 só possa ser usado em câmeras específicas e menos comuns.


Na imagem acima podemos reparar que é um filme grande. Muito grande. O negativo tem 6cm de altura e as câmeras fazem fotos de tamanhos variados: 6x4.5, 6x6, 6x7, 6x9, 6x12. Vou explicar as medidas mais pra frente. Com uma grande área de negativo disponível, as fotos tem uma qualidade imensa!

A maior reclamação com filme 120 são vazamentos de luz (light leaks). O filme é protegido somente por uma camada de papel e, por causa disso, deve ser manuseado em locais com luz reduzida. Abaixo mostro o scan completo de um papel desses (clique para ver em tamanho real).


Enrolado em uma bobina, o papel vem preso com uma fita que deve ser removida completamente, para não cair pedaços dentro da câmera (a tira não aparece porque a primeira foto é de um filme usado).

Bobina plástica de filme 120
Vou destacar algumas características e informações deste papel. Note que o começo do filme é protegido por muito mais papel que o final, portanto mais cuidado para remover da câmera que para colocar.


No trecho acima podemos ver algumas marcas importantes. A seta preta vertical na parte amarela é usada para alinhar o filme em algumas câmeras. A maioria das câmeras profissionais ou TLR usam esta linha como guia por não possuir a famosa "janelinha" vermelha para o avanço do filme. Neste tipo de câmera a alavanca de avanço trava quando o filme avança para o lugar correto. Para encaixar é só alinhar esta seta com marcações no corpo da câmera...
As setas horizontais na parte branca são úteis em câmeras com a tal "janelinha" que vou mostrar. Elas indicam que o começo do filme esta próximo. Preste muita atenção ao ver estas setas! Em câmeras com visor o avanço do filme não tem trava... se passar do número, não tem como rebobinar.

Repare na foto abaixo que são 3 grupos de números. Estes números são específicos para cada tamanho de foto e se alinham com a janela na câmera. São 8 fotos 6x9, 12 fotos 6x6 ou 16 fotos 6x4.5. Lembra das medidas que eu ia comentar? Então... Se sua câmera usa estes três formatos básicos, é só avançar o filme até o próximo número. Se ela usa algum formato diferente (panorâmica 6x12 presente na Lomography Belair e na Holga 120Pan, por exemplo), tem que avançar de dois em dois ou até três quadros por vez, já que a foto ocupa o espaço de duas ou mais fotos comuns. Isso varia com a câmera e recomendo que leia o manual.


Câmeras que possuem máscaras cambiáveis possuem duas janelas. Preste atenção qual máscara está utilizando para saber em qual janela olhar. Um bom exemplo é a Holga e Diana F+. Elas fazem formato 6x6 e 6x4.5 só trocando uma máscara antes de colocar o filme.




Nas fotos acima, uma carregada com filme na terceira pose e abaixo uma câmera com duas janelas, que faz 12 fotos 6x6 (superior) ou 16 fotos 6x4,5 (inferior).

Algo peculiar do filme 120 é que ele não pode ser rebobinado. O negativo é preso somente no começo do filme e se tentar rebobinar, ele embola no meio do papel. No lugar de rebobinar, ele é transferido de uma bobina para outra. Se sua câmera não possui uma bobina vazia, não tem como fotografar até você arranjar uma.

O filme é encaixado na bobina vazia do seguinte modo:



Após o começo do papel ser enrolado, a bobina é encaixada na câmera para começar a puxar o filme. A bobina encaixa na câmera através de uma trava, então é preciso um pouco de jogo para encaixar a trava e as duas bobinas presas uma a outra com papel. Isso tudo em luz reduzida por causa do risco de light leak (daí o ódio de algumas pessoas).
Fenda de encaixe no topo da bobina
Com tudo no lugar, é só avançar o filme e começar a fotografar! No final do rolo o papel deve ser enrolado completamente na nova bobina (avance o filme até não ver mais nada passando na janelinha). No final do papel há um lacre para manter tudo enrolado.
É boa prática tensionar a bobina para ficar bem fechada antes de lacrar. Faça isso segurando nas pontas da bobina plástica e puxando com força o papel para enrolar bem. O lacre da Kodak tem aquela "cola de envelope" que precisa ser lambida para funcionar e o lacre da Fuji é auto-adesivo, deixando o processo mais simples.

Uma vez lacrado, eu recomendo colocar em um tubinho escuro ou até embrulhar em papel alumínio. Como mencionado acima, tem muito menos papel no final do filme que no começo, então o risco de light leak é maior.

Tomando os devidos cuidados com a bobina antes e depois de colocar na câmera, as fotos são maravilhosas! O negativo grande é uma vantagem para reduzir a granulação e permitir ampliações maiores.
Comparando com o filme mais comum atualmente (o 35mm ou 135), a área maior também significa uma diferença nas lentes. Uma lente feita para projetar em filme 135 não serve em câmeras 120.
Também há uma questão de equivalências nas distâncias focais. Uma lente 50mm (a mais conhecida por ser semelhante ao nosso jeito de olhar) é equivalente a uma 80mm em médio formato. Então se sua câmera tem lente 50mm e é de médio formato, ela possui lente grande angular! É preciso saber esta equivalência quando se tem uma câmera com lentes cambiáveis. Ao comprar uma lente nova, se procura uma teleobjetiva de curto alcance, precisa comprar acima de 100mm, algo que em termos de 35mm seria uma tele de longo alcance.


Em um próximo post eu comento sobre os filmes mortos... filmes de médio formato que foram descontinuados e se é possível adaptar com facilidade ou não.

Origens

Depois do post do meu querido companheiro, acho que devo mostrar as minhas origens...

Meu contato com fotografia começou desde cedo. Meu avô era dono de uma loja que vendia câmeras, filmes, fazia revelações e ampliações. Ele mesmo fotografou vários eventos e marcos da cidade nos anos 1950, fotografava em grande formato, filmou inaugurações em película 16mm e chegou até a fazer fotos aéreas da Usina de Peixoto!

Cobertura da Expoagro de 1955, feita pelo meu avô.

Em contato constante com tanto talento e paixão por fotografia, obviamente meu pai entrou para o maravilhoso mundo fotográfico ainda adolescente, nos anos 1960. Morando no Rio de Janeiro na década de 1970 e 1980, chegou ao ponto de revelar e ampliar em casa!
Quando eu era criança, muito curioso como sou até hoje, ele me mostrou como usar uma câmera simples, toda automática e eu já comecei a tirar fotos de tudo! Aos 7 anos ele me ensinou a usar uma linda SLR Topcon, que vou mostrar em um futuro post. Desde então veio aos poucos mostrando sobre foco, como usar um fotômetro, como compor uma foto, evitar fotos tremidas e por aí vai. Meu interesse só aumentava!

Em 2003 compramos nossa primeira digital, e creio que no mesmo ano foi o último filme revelado na minha casa. Era o fim de uma era.


Sony Cyber-Shot DSC-F717, a primeira digital da minha família.

De 2003 até 2010 meu interesse por fotografia ficou dormente. Usava câmeras para fazer fotos de festas, família e amigos... mas ainda aplicando as técnicas que meu pai ensinou desde criança! Como enganar o fotômetro para encontrar a exposição correta, como fotografar objetos e pessoas com muita luz atrás (em janelas e afins), e etc.

Em 2010 conheci o Gabriel, uma pessoa maravilhosa e extremamente criativa! Ele adorava fotos e registrava todos os momentos, algo que atiçou meu interesse por fotografia novamente! Em 2011 conhecemos a onda lomográfica e posso dizer que fomos mordidos pelo bixinho analógico!

Desde então adquiri gosto por fotos diferentes, efeitos e defeitos lindos - em uma época pré-febre por Instagram (ele já existia desde 2010 mas não tinha tanto público). Quando compramos nossa linda Lomography Diana Mini foi uma transição bem natural para mim. Já estava acostumado com o jeito de mexer com filmes, como ajustar as luzes, o que aparece ou não nas fotos.
Confesso que tive um pouco de dificuldade com a limitação (e preço) do número de fotos. Um péssimo hábito adquirido pelo mundo digital, onde o limite é o tamanho do seu cartão de memória, então porquê não tirar várias fotos, pra garantir que uma saiu boa?

A partir daí foi só sucesso! A coleção aumentou rapidamente e a ambição por fotos melhores aumentou mais ainda. O desafio de fazer uma exposição manualmente e conseguir a foto perfeita é o que me dirige até hoje. O desejo de dominar a técnica e a matemática da coisa, no lugar de ter um computador pensando por mim e mandando em mim decidindo o que é bom e o que é ruim.

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